Como captar recursos para minha startup?

O conceito de startup como um grupo de pessoas desenvolvendo um modelo de negócio reproduzível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza, muitos já conhecem! Agora, como captar recursos para tirar a ideia do papel? As principais opções são o capital próprio, a subvenção governamental, o investimento de anjos, de fundos de venture capital e o crédito. Mas, para escolher a opção mais apropriada, é importante identificar se a sua startup está no estágio de ideação, operação, tração ou scale-up.

Veja abaixo os três estágios de identificação das startups:

Primeiro Estágio: Ideação

A ideação é o início da jornada. É a fase em que a startup está definindo o problema que se dispõe a resolver, conhecendo bem o seu cliente, o mercado e a estrutura que será necessária para entregar a sua proposta de valor.

Nessa fase, o capital próprio dos empreendedores é geralmente o primeiro recurso utilizado. E o ideal é mesmo desenvolver o máximo possível, da maneira mais enxuta. Entre as vantagens do capital próprio, estão a preservação da autonomia dos fundadores nas decisões e a não incidência de custos de financiamento. O aspecto negativo é que muitas vezes acaba sendo insuficiente.

Recursos de subvenção são uma importante opção para as startups que estão começando, dada a característica de que não são reembolsáveis. Concedidos por órgãos públicos com o objetivo de incentivar o empreendedorismo e a inovação, os valores concedidos como subvenção não precisam ser devolvidos pela startup, apenas aplicados no projeto. Para receber este apoio, o empreendedor precisa estar atento aos editais públicos, entender o seu funcionamento, submeter o projeto e, sendo aprovado, prestar contas dos usos feitos com o recurso.

Segundo Estágio: Operação

Na operação, a startup passa a estar formalizada. Com o mínimo produto viável validado, é hora de executar o modelo de negócio. É provável que as respostas dos primeiros clientes mostrem alguns erros e acertos, tragam ideias de novos serviços ou que impactem até na revisão da estratégia. É assim mesmo! O importante é que a solução esteja atendendo uma necessidade do mercado e que isso possa ser evidenciado por meio de indicadores de performance, os chamados KPIs. As métricas serão essenciais para a prospecção de investimentos.

O investimento de anjos é o aporte de pequenos valores realizados por pessoas físicas. Este tipo de apoio mostra que, além dos fundadores, outras pessoas também perceberam valor na solução da startup, já que investiram nela. O que é muito positivo! E, dado que muitos investidores anjos são empresários experientes, também agregam valor com a sua rede de relacionamentos e mentoria, o famoso smart-money.

Terceiro Estágio: Tração

Com clientes e faturamento crescendo, começa o estágio de tração. É importante que os processos já estejam rodando no automático e que os principais controles já tenham sido implementados, pois o volume de vendas exigirá cada vez mais. É bem provável que a startup precise de capital de giro para aumentar a equipe, alugar de um espaço maior ou adquirir clientes. Uma rodada de investimento pode ser fundamental!

Entre os estágios de operação e tração, é possível uma primeira rodada de investimento de fundos de venture capital voltados para capital semente. Quem escolhe essa opção, tem a meta de alavancar o negócio e escalar o faturamento. Os fundos investem com a premissa de que, após determinado período, o preço de ação adquirida é multiplicado, obtendo um alto retorno financeiro que compensa os riscos envolvidos.

A hora do crédito

O crédito também já é possível a partir do estágio de tração. Nessa fase, a startup já conhece melhor o seu potencial e é capaz de realizar projeções financeiras mais realistas. Vale lembrar que o crédito não se caracteriza como capital de risco: a startup deverá devolver o principal mais juros sobre o recurso obtido independentemente do sucesso do projeto. Por isso, é muito importante que a startup esteja próxima do ponto de equilíbrio financeiro.

O alto crescimento, de 20% ao ano por pelo menos três anos seguidos, é o que define uma scale-up – a fase de maturidade das startups. Maravilhoso, não é?! Dado o enorme retorno potencial, startups em fase de scale-up costumam ser muito procuradas por investidores. É importante atentar para que os sócios fundadores não se tornem acionistas minoritários, vendendo percentual significativo do patrimônio da empresa a investidores. Talvez seja necessário diversificar a fonte de recursos e buscar opções de créditos saudáveis.

Crédito saudável é aquele contratado de maneira consciente, com menos juros e maior prazo para pagamento. A AgeRio dispõe de linhas de crédito para startups, com taxas de juros anuais a partir de 5,95% ao ano (TJLP) e prazo de até 96 meses para pagar. O valor do crédito pode chegar até R$ 10 milhões, conforme capacidade de pagamento da startup.

As opções são diversas. É importante entender em que momento está a startup e estruturar os recursos financeiros de forma estratégica. Preparar-se para cada estágio evita que ocorram gargalos financeiros, possibilita que a escalabilidade flua e contribui para a criação de um negócio sustentável.

Graciela Ayub – Gerente Executiva de Participações e Parcerias da AgeRio

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